Um cão
					
					
						Arquivado quarta-feira, março 11, 2009 por Sérgio Lavos | E-mail this post 
   
   
   
     
     
     
     
   
   
   
				 
	
				
				O cão não cede o seu lugar a quem chega de noite.
Atiçado pelo movimento, morde as pernas
e ladra ferozmente – mas vigia quem pode a entrada do Inferno -
e a um animal de estimação, mesmo que tresmalhado,
não é admitido o posto de entrada.
Por isso atira-se aos transeuntes do regresso,
sombras no meio de vivos, a entrar no sono,
e na sua fauce, por entre a ira de animal,
respira a melancolia do abandono.
Etiquetas: Poemas