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Não percebo a campanha do Bloco de Esquerda. Começaram bem, pegando nos temas habituais do movimento, de uma maneira combativa, com Francisco Louçã quase sempre a dar a cara, o que é uma vantagem. Depois, aconteceu a frase infeliz no debate com Paulo Portas. Os apoiantes do PS, mais do que a direita, pegaram no deslize de Louçã, a primeira gaffe grave que eu me lembro de ele ter dado, e vai de atacar, na tentativa de recuperar alguns dos votantes que o PS foi perdendo para o BE, num assomo um pouco ridículo de politicamente correcto. Louçã, quem sabe se perturbado por este ataque inaudito, perdeu um pouco o norte. Ora anuncia que está preparado para apoiar o PS, se este for governo, ora critica-o ferozmente. Ontem, Luís Fazenda disse que o governo Sócrates será uma versão piorada do guterrismo. Eu entendo que queiram captar eleitores socialistas que não se revejam nesta liderança que não é carne nem peixe, mas será necessário zurzir assim num partido que, no fundo, está do mesmo lado da barricada? O BE parece esquecer-se de duas coisas importantes: primeiro, o PS pode precisar do BE para formar governo, portanto qual é o interesse de agora criticar alguém que no futuro pode ser aliado? Para isso já temos a falsa coligação PSD/CDS. Segundo, o adversário deve ser, sempre, a direita. Criticar o PS dá bons títulos de jornal, mas, no limite, acaba por prejudicar o BE. Não será assim que se captam eleitores ao centro. Louçã devia talvez pensar numa coisa mais importante: o perigo real de haver uma coligação PS/CDS. Há vários sinais, mas disso falarei depois.


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