Tudo o que vale a pena não está aqui.



Eu, o Outro


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Bem, eu não queria escrever o milionésimo sexagésimo quinto texto sobre a piada que é na Internet (e na blogosfera) existir a possibilidade de nos escondermos atrás do anonimato de um nick, ou de um nome falso, não queria trazer aqui a hipótese de podermos construir uma personalidade nova, um novo eu para brincarmos num mundo onde "falamos" com os outros sem nunca os olharmos nos olhos, nem me apetecia falar muito das fraudes que por ai acontecem em caixas de comentários e blogues, até porque esse tipo de coisas faz parte do jogo, todos conhecem as regras quando se iniciam nestas lides. Não, o que eu queria mesmo era revelar as verdadeiras identidades de vários bloggers famosos (ou quase), descobrir-lhes a careca aqui no meu canto frequentado por mais ou menos 6 pessoas (e um gato). Porque é engraçado vermos como este blogue acabou, mas este (por sinal do melhor que por aí se faz) continua, e não liguem à associação que fiz entre os dois; outro que se diverte à maneira é este aqui, inventando vários pseudónimos no seu próprio blogue, comentando com diferentes nomes, e não é à toa que ele já foi apelidado de Leonardo da Vinci da blogosfera portuguesa, tal o delírio criativo que o move. Aliás, os encómios deste senhor são tão profusos que, se não fosse por saber que o tal JPC tem obra publicada, diria que um e outro são uma e a mesma pessoa (o.k., o.k., esta parte já é paranóia). Outro fenómeno irresistível é a clonização na blogosfera. Esta senhora já gerou tantos replicantes que se torna difícil resistir quando um(a) dele(a)s é atacado(a) por algum comentador imprevisto. Elas são às centenas, não duvidem, mas muito longe da original, que por sua vez desconfio que seja um nick de Jorge Luis Borges canalizado por Alexandra Solnado com a ajuda de uma mesa pé-de-galo numa sessão de sexta à noite no Lux. Outros há, que gostavam de escrever como este senhor e que por isso juram por todos os santinhos que são liberais desde o berço e treinam a prosa na piadola fácil de caserna, como se esta fosse a única qualidade (?) da escrita de JPC (o do último link, entenda-se). Finalmente, ninguém me tira da cabeça que neste blogue apenas escreve uma pessoa, que pediu de empréstimo os nomes de alguns intelectuais castiços do nosso burgo e desatou numa sangria desvairada de post atrás de post, atrás de diálogo, atrás de citação, mas sempre mantendo uma coerência espantosa, digna apenas de um Groucho cruzado de Machado de Assis reencarnado. O rabo de fora é precisamente a mancha de texto uniforme que preenche o blogue.
Isto já se torna tão confuso que por vezes penso se sou eu mesmo que escrevo estes textos ou outra alma qualquer por vezes se apodera de mim, tal a diversidade estilística que floresce nesta casa. É que nem o meu olho de lince para o estilo de cada escritor consegue detectar o camaleonismo da blogosfera, a mudança de género conforme nick, blogue ou comentário. Esta incapacidade estende-se às mutações da minha própria escrita.

P.S.:Este texto não foi escrito pelo autor do blogue; esse está de férias, longe daqui, eu apenas me apropriei da password e assumi a sua identidade. Por enquanto, assino também com o nome do original. A seu tempo, a verdade será revelada.


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