Um passeio pelos fiordes, o sol mantém-se lá em cima. Se alguém julgasse o assassino pela cara, aquela cicatriz de cima a baixo seria um indício decisivo. Quem sabe que naqueles braços duros como a lava solidificada que repousa por baixo da tundra ele adormece todas as noites uma criança, quem, nas altas fileiras de anjos, o conhece de coração? Quando a deflagração, como uma vaga, embater nos olhos, e o osso fendido brilhar no gelo escuro da meia-noite, lembra-te, dos passos hesitando no eco próximo dos montes, da medida exacta dos músculos como se fossem uma prisão.
(Em memória: a (resplandecente) nova música dos Sigúr Ros. E Insónia, de Chris Nolan.)