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O autor do Equador (actualizado)


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A crónica de Miguel Sousa Tavares, hoje no Público, é de leitura obrigatória. Um compêndio de desinformação, leituras erradas, opiniões enfermas de preconceito, erros ortográficos, afirmações hilariantes (é sempre bom saber que o comentador não tem "qualquer orientação sexual homofóbica") e confusões lamentáveis, mais ainda por virem de alguém que até passa por ser liberal em relação a este assunto. É ele quem afirma, à laia de desculpa, que sempre defendeu os direitos do homossexuais. A escrever assim, MST arrisca-se a entrar directamente para o panteão dos moralistas deste país (pela má fé, não pelo conteúdo em si), que inclui nomes tão notáveis como João Carlos Espada ou João César das Neves, de quem o próprio MST faz questão de se demarcar (santa contradição). Quem não quer ser lobo, não lhe deve vestir a pele.
Mais sobre o assunto aqui e aqui e aqui.
O arquitecto/director de jornal/futuro prémio nobel da literatura também entrou no desvario total ao escrever sobre as duas adolescentes de Gaia. Começo a achar que a susceptibilidade do tema nada tem a ver com preconceito sexual, antes com a velha fantasia masculina que está subentendida nas palavras de José António Saraiva. O que incomoda o arquitecto é o facto de uma das raparigas ser brasileira. Contributo decisivo para o debate em causa. Sem dúvida.


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