Tudo o que vale a pena não está aqui.



Jerónimo


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Começa a ser unânime que a única campanha que se destaca no meio da mediocridade geral é a da CDU. E há um claro culpado nesta história: Jerónimo de Sousa, o operário que chegou a secretário-geral do PCP. Consegue o pleno dos elogios, da esquerda à direita, e, principalmente, tem conseguido sair ileso do banho de lama em que a campanha se transformou. Sem o favor da maior parte da imprensa, discretamente, actuando sempre pela positiva, criticando sem histerismos, ouvindo o "povo", transmitindo, acima de tudo, genuidade, como destaca Pacheco Pereira num post do Abrupto. Este nós sabemos quem é, sabemos que quando visita uma feira ou um mercado está no seu meio, sabemos que não precisa de usar uma máscara de amigo do povo, como faz o menino aristocrata do PP, que só deve pôr o pé em feiras em época de eleições.
O que conseguirá Jerónimo de Sousa com este esforço para segurar o eleitorado que vai minguando de eleição para eleição? Poderá ser a surpresa, e provavelmente vai acabar como terceiro partido e parceiro de negociação priveligiado do PS, no caso de este ganhar com maioria relativa. A democracia portuguesa precisa de um PCP como força equilibradora do desvio para a direita do PS, e precisa de deputados que realmente mostrem trabalho na Assembleia, que representem verdadeiramente os eleitores. Apesar do descalabro do comunismo, da queda do muro de Berlim, do fim da guerra fria.
Ainda que, como Pacheco Pereira, eu ache que a CDU apenas sobrevive na memória de um Portugal que já não existe. Jerónimo de Sousa encarna este Portugal de forma perfeita, é o seu maior mérito. E a CDU acaba por beneficiar disso mesmo.


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