Tudo o que vale a pena não está aqui.



Realidade e pintura


E-mail this post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



eldena


Não é que eu não goste de pintura abstracta, mas confesso que o figurativismo é, por vezes, inultrapassável. O poder evocativo de uma pintura de Caspar David Friedrich ou Turner não poderá ser igualado por nenhum obra abstracta de Jackson Pollock ou Mondrian. Poderia utilizar talvez a palavra profundidade para classificar as melhores obras destes pintores. Quando a pintura enveredou por caminhos auto-reflexivos e irónicos, depois de Duchamp, perdeu-se a motivação da superação da Natureza, a tentativa de tornar a Natureza parte do todo humano. A obra de arte desceu do seu pedestal e começou a conviver com o Homem, a espelhar as suas alegrias e dúvidas, as suas tristezas e misérias, a escatologia enclausaurada dentro da alma humana. O óbvio da imagem que é representação realista escondia a subtileza do não-dito e apenas evocado; a pintura moderna nada à superfície, arrastando escolhos de rosto submerso no solo. Quando Rembrandt pintava, olhava para Deus; o pintor moderno limita-se a olhar para o seu próprio umbigo.
P.S.: Há excepções: ficam para um futuro post.


Rascunhos

Arquivos

Outros Lugares



eXTReMe Tracker