Outubro, entramos acompanhados de chuva pelo outono dentro, mas lá fora ainda caçam as corujas, obedecem a um desejo primordial de sangue. Agora são muitas, os seus gritos de ninhada do verão passado atropelam-se, pai, mãe, crias, muitas garras e asas (imagino), matança. A aprendizagem da vida é facto certo, o ritmo das estações pouco se altera. Uma pausa na chuva que voltou, e as corujas caçam. Cumprem-se na vontade cega, na fome, clara e sem sombra de razão, instinto puro.