Tudo o que vale a pena não está aqui.



Paradoxos


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Quem me lê sabe que por vezes não gosto de tornar os meus textos demasiado visíveis. E gosto de falar de coisas que apenas eu conheço - como se isso fosse possível. Gosto também de elipses, gosto de ler escritores que manuseiam a elipse com mestria. Don de Lillo, por exemplo. Ou Julien Gracq. Ou sobretudo Kazuo Ishiguro. O excesso em que o escritor incorre na tentativa de esconder todos os sinais de reconhecimento é admirável. Mais admirável se torna este labor num tempo de literatura que tudo quer desvendar, que não deixa espaço à imaginação do leitor. Isto são os livros que eu leio. Os textos que eu escrevo, desejava que fossem como uma espiral que se encerra em si mesma. O puro paradoxo do blogger.


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