De acordo: eu olho para o espelho, mas tu envelheces no meu lugar. Injusto, dizes, preferes a fealdade à velhice? Um feio é-o durante toda a vida, um velho pode ser um belo terminal, tornado feio. Aceito o teu argumento. Que faremos então, confiamos na natureza e no seu sopro justo que distingue os belos dos feios, e estes dos velhos? Que dizes? Sentemo-nos os dois olhando esse fim de noite que se ergue do rio, sentindo na pele fria o suave engano da cegueira nocturna; aproveitemos então a passagem da noite para o dia, e brindemos à idade que temos; é ela que permite ainda que nela pensemos.