A fome
Arquivado quinta-feira, setembro 01, 2005 por Sérgio Lavos | E-mail this post 
Aqui, onde a mão não
alcança o interruptor da vida, aqui
só brilha a solidão.
Desfazem-se as lembranças contra os vidros.
Aqui, onde a brancura
dum lenço é a brancura do infortúnio,
aqui a solidão
não brilha, apenas
se estorce.
A fome fala através das feridas.
Luís Miguel Nava (1957-1995)