Tudo o que vale a pena não está aqui.



Traço


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O poema pergunta: o que é
Ver? Saberemos responder
Do mesmo modo que o faz o poema,
Ou hesitamos apenas, reféns
Da pequena crueldade que nos impele
Ao silêncio? Quem vê, a bengala
Que conduz o cego e evita os obstáculos,
As patas da aranha tacteando à tona
Da água, receando algum obscuro
Impulso de insecto em busca de caça,
Quem nos vê?

Como se parados
Na distância que nos afasta
Da margem pudéssemos
Encontrar refúgio, repousar.

O que nos vê, eis a pergunta.
A visão não se compadece da límpida
Geometria que traça o caminho entre
Areia e água, terra sitiada.
A cada passo dado, tudo passa.

Quem nos verá desse modo tão errado,
Encontrada nas longas tardes,
Deitados sobre a erva,
A resposta para o problema milenar da
Visão. Éramos aranhas, madeira curtida
Pelas mãos de um artesão,
E não sabíamos.

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