Tudo o que vale a pena não está aqui.



Deus


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Remember me (?)



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A imagem, aquela fotografia -
sou quase eu - fala com a minha voz,
(assim recordo)
e escreve o meu nome
(a caligrafia menos segura, tremida)
e assume o que eu sou, a minha vida.

De onde estou agora - o poema, o lugar sagrado -
confirmo que a letra é minha; mas o poeta
é um fingidor - ensinaram-me.
O coração, tecido de mentira e ilusão, aceita
o crime. De tiro em tiro - no escuro, sempre no escuro -
a fome vai-se saciando, aceita a verdade.

Escrevendo contra o risco negro do firmamento
- o passeio que demos junto ao mar, era noite, noite funda,
e eu estava apaixonado e pensava no chão duro do teu amor -
arrisco menos, cada passo atravessa a curta distância de um rosto.

Fora de Deus, que habita a memória da viagem
que fizemos - a primeira, e penso agora na última -
encontramos o retrato útil à nossa história,
a imagem provisória que guardará a porta de casa.

E ninguém nos encontra - e de ti nascerá o nosso filho.

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