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Humor


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Falando de coisas sérias, o Curb Your Enthusiasm deixa-me desconfortável. Já em "Seinfeld" se vivia um pouco do absurdo das situações, dos ridículos do dia-a-dia, dos improváveis enredos que atrapalham a vida, das humilhações a que as personagens eram submetidas. A série de Larry David passa um pouco por aí, mas o estilo aprimora-se. Os dois actores principais interpretam-se a eles próprios, os cenários são naturais - a casa de Larry, os lugares públicos, as ruas de Nova Iorque (?) e regularmente surgem cameos de figuras conhecidas (no segundo episódio foi o casal Ted Danson e Mary Steenburgen). Lembrei-me também de Woody Allen e do seu humor judaico- depressivo, dos seus falhados ternos provocando em doses iguais o riso e a compaixão.
Deixar desconfortável não é uma coisa má, portanto. A não ser quando falamos de Jennifer Lopez, claro. Cara laroca, corpo interessante - o uso do termo está devidamente registado por Eduardo Prado Coelho, o meu obrigado pelo empréstimo - e dotes nulos para a representação. Nada, nada mesmo, nulo; chega a ser constrangedor olhar para ela fingindo ser - e aqui entro em contradição, reconheço - algo que nunca irá ser: uma actriz. Há mais. Nicole Kidman, por exemplo. Meg Ryan no filme que ontem passou na RTP 1. Ela que não tente mudar de vida e se fique pelas comédias românticas, com elas tem já um lugar reservado no meu coração. Agora, vê-la enfiada numa farda militar cuspindo palavrões, esganiçando-se na tentativa de produzir algo que se assemelhe a uma carantonha séria é demais. Estamos muito longe do rictus venerae de When Harry Met Sally, imperdoável. Ah, a Bjork. Horrível a fazer de ceguinha, a Bjork "mais importante artista da música pop dos últimos quinze anos" não merecia a traição da Bjork masoquisticamente manipulada por Lars von Trier. Eu, que até acho o realizador dinamarquês (sublinho, dinamarquês, como Kierkegaard, Tycho Brahe, Dreyer e Helena Christensen) um dos génios recentes do cinema, fico com pele de galinha ao ver "Dancer in the Dark". Pelas más razões.
E Roma é um pastelão O. Selznickiano com poucas razões de interesse. Mudei de canal ao fim de cinco minutos. E isto diz tudo.


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