Tudo o que vale a pena não está aqui.



Full house


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Se me dissessem: não é mais do que isso,
realinhar as esferas, reordenar os hábitos,
ou noutra situação, baralha e volta a dar,
eu assim o faria, é mecânica a vontade
e o jogo de a dissimular, como se sentado a
uma mesa de café, sobre o pano verde,
cortasse a meio as cartas e de um lado
cobrasse as dívidas dos erros de que me acusam
e do outro apostasse as desistências futuras –
ainda tenho tanto para não dar, tornei-me
um perito em fugas, e por aí fora – e passasse
as cartas ao outro lado da mesa, a aposta é esta:

desordenar os hábitos, caminhar mais do que a
distância necessária, ultrapassar o destino terminado
e chegar tarde a casa, perdido de um eixo
no qual o tempo não encaixa, regressar a casa,
para reencontrar na ombreira
da porta a amena saciedade prometida,
e da revolta que os pés ainda guardam restar
apenas a película de cinza de um incêndio,
espada voltada para cima, o trunfo apresentado.

Quem recolhe as cartas numa mão
escondendo o saque de uma vida
deve recusar todas as rodadas; quero ver se não
me cobram estas evidências cruas.

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