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Director's Cut Vintage #3


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James Dean

Fotografia de Warren Beath

Escrevendo um destes dias sobre Crash, referi Vaughn, encenador de acidentes de famosos. Nesse filme, o fim de James Dean é revelado na sua verdadeira essência: um mito desprovido de qualquer marca de realidade. Não que James Dean precisasse desta morte ritual; a sua vida é apenas um intervalo entre o nascimento e a imortalidade. Uma frase apócrifa é-lhe há muito atribuida: "Live fast, die young, leave a good looking corpse". Como não terminar daquele modo, explodindo de vida, como se tanta beleza e génio fossem um riso escarninho na cara da Morte? Mas quem será o maior mito? Ele, que morreu novo e cumpriu a sua parte do acordo com o Diabo, ou Marlon Brando, que se arrastou no seu niilismo até quase ao esquecimento? Onde quero chegar? O inconsciente colectivo precisa dos seus mitos, e um dos modos mais rápidos de os (re)construir, numa época dominada por velocidades várias, desejos cada vez mais afastados do interior, descentrados, é assinalar a morte assim, como se fosse um relâmpago que de rompante decepa a juventude, a beleza. Uma espécie de memória do inominável.


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