A espuma dos dias
Arquivado sábado, janeiro 29, 2005 por Sérgio Lavos | E-mail this post
O dia de ontem retirou-se da margem. Com ele levou todos os escolhos. O que ontem era sagrado, fundamental, hoje apenas existe fora do tempo. Na pouco fiável memória. Como tornar o dia de hoje o que foi o dia de ontem? Repetir os gestos, as palavras? Isso apenas denuncia o esvaziamento das coisas. Esperar que outro dia se inicie e com ele traga tudo outra e outra vez, que mais fazer? Como se o dia fosse um rio entre margens.