Sobretudo o nada
Arquivado terça-feira, fevereiro 01, 2005 por Sérgio Lavos | E-mail this post
assim como se não quisesse aumentar a vontade de dizer isto é rasurando o que fiz antes isto é queria dizer várias coisas, mas ao mesmo tempo... Pessoa escrevia mais ou menos isto (e não me apetece abrir aspas) que bom é ter algo a fazer e não o fazer agora consigo adivinhar o que está por detrás destas palavras é um espelho onde as águas se calam mas não era sobretudo isto que nascia aqui descrever o mundo exaustivamente (pode-se não ler o advérbio de modo anterior, é desnecessário à frase) como se fosse uma lista de compras receituário médico alguém que lê um corpo no extinto lume da voz designo num momento a origem desta respiração um mar lá fora enquanto aqui dentro a realidade acontece dizes então que é uma espécie de fuga atirar contra o fundo do barco as frases enroladas a rede estendida dos signos alguns fonemas mas isto não está aqui, no interior de um texto que desconhece o rumor do papel se desconhece em absoluto existe sobretudo o nada nesta casa.