Nunca fui sonâmbulo: tacteio perdido
pela casa; bem acordado; de olhos abertos
vejo tanto como se um sonho me envolvesse,
as mãos procuram no reboco das paredes
as imagens de uma outra época, que muitos diriam
ser recente mas eu prefiro imaginar longínqua - envelheci
contra a realidade sanguínea do tempo,
as noites que me restam prolongam o labirinto e os mistérios
da casa em que as mãos se perdem.
Etiquetas: Poemas