Eugénio de Andrade (1923-2005)
Arquivado terça-feira, junho 14, 2005 por Sérgio Lavos | E-mail this post
Preciso e certeiro,
recordo um poema escrito
em tempos no teu livro,
que me foi oferecido
quando ainda a trémula
maré do verbo sossegava
no meu corpo.
Aceito o meu percurso,
levou-me para longe
dos caminhos claros
que o fogo dos teus versos
acendia:
aparar o corpo, a carne,
até que reste apenas o osso,
cintilante. A luz do dia.