Tudo o que vale a pena não está aqui.



Barulhos esquisitos


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Ouviu, não ouviu? Não ouviu? Um ruído, um barulho, um som, um murmúrio, vindo dali, ou seria daqui? Vou ver.
(Vai e volta)
Não vi. Ouvi. Você ouviu?
(Vai e volta)
Não vi. Continuo a ouvir. É esquisito. Estamos a ser observados. O quê? Não estamos, são só ruídos? Eu ando para ali, ouço ruídos, eu venho para aqui, vejo a si e continuo a ouvir ruídos. Espiam-nos, é o que é.
(Vai e volta)
Não vi. Mas ouço. Coisas esquisitas. Uns punq. Pluc. Clac. Toc. Crique. Ping.
(Vai e volta)
Não ouviu? Ouviu, não ouviu? Está a ligar para quem?
(Vai e volta)
Não vi. Viu-me a tentar escarafunchar a parede? Ainda assim, continua. Ai, que som terrível! Um terrível som, baixo, pequeno som, ruído mínimo, clic, clic, horrível, horrível.
(Vai e volta)
Não vi. Ouviu agora? Porque me olha desse modo? Com certeza ouviu - eu ouvi. Terrível. Um ruído assombroso extraordinário minímopequenoínfimomicroscópicoinaudível mas eu ouvi. Quem são aqueles homens?
(Vai e fica)
Porque me levam? Porque me levam? Eu ouvi, vi, não, ouvi, vi, ouvi, vi, vi, vi, vi, vi vi, vi, vi, vi, ouvi.
(Eu espreito. Vejo um homem, o nariz a estremecer com todo o conhecimento do mundo.)

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